Todos têm uma ocupação e responsabilidade, quer seja na reciclagem do papel, na Machamba, no Jardim, na elaboração de trabalhos com folha da bananeira (postais e quadros com motivos decorativos moçambicanos) ou dentro de casa…
23 February 2007
Centro de Adultos
Todos têm uma ocupação e responsabilidade, quer seja na reciclagem do papel, na Machamba, no Jardim, na elaboração de trabalhos com folha da bananeira (postais e quadros com motivos decorativos moçambicanos) ou dentro de casa…
Nota: a usar pela primeira vez uma linda capulana que a Ir. Paulina me emprestou. Servem estes “pedaços de pano” para utilizar, tradicionalmente, por cima da saia ou calça (mais recentemente) e com o intuito de poder ser utilizada para os mais diversos fins – transportar as crianças às costas (ainda hei-de experimentar…é sem dúvida mais carinhoso e até mais cuidadoso que os ocidentais carrinhos de bebe que trepidam horrorosamente nos passeios), servir para transportar algumas compras, ou ainda ser emprestada a uma amiga que dele necessite no momento e não tenha.
Mulher que se preze deve ter sempre à mão a sua capulana!
Sábado temos de ir comprar uma…
Pic-nic
No nosso lado esquerdo, comia-se peixe grelhado, no lado direito, Chima (acompanhamento típico Moçambicano feito com farinha de milho) e atrás, amêijoas. Pouco depois aparecem algumas pessoas a caminhar de um lado para o outro com tachos e pratos vazios… parece que aqui ninguém desperdiça uma oportunidade de negócio e é prática corrente vender um pouco do que se trouxe a quem tenha vindo sem almoço…
Passeio na praia
O Centro
O Centro é um verdadeiro “Oásis no Deserto”.
Aqui sentimo-nos bem. Em segurança e em Paz.
As Crianças começam a chegar bem cedo e às 08h30, quando chega a carrinha que vai buscar aqueles que moram mais longe ou que a família não pode trazer, já muitos tomaram o pequeno-almoço e foram sendo encaminhados para as respectivas salas. É engraçado ficar a olhar e contemplar a forma como vêm chegando. Alguns, ainda meio atrapalhados pelo sono, outros já com uma energia cativante e surpreendente.
Este é, para mim,um dos locais mais bonitos do centro. O longo corredor liga o Centro de Reabilitação para Adultos S. João de Deus à entrada para a “machamba”, ou quinta, se preferirem… :) onde se encontram árvores dos mais variados frutos (Maçalas, Papaias, Bananas, Maracujás, Atas, Goiabas…) e que alguns utentes estão encarregues de tratar.
14 February 2007
13-02-2007
De dia faz um calor terrível e de noite aparecem as trovoadas…bem fortes, por sinal.
Já vamos tratando algumas crianças pelo nome, mas são tantas, que é difícil sabê-los todos.
E sim, é mesmo verdade! Os seus sorrisos são de uma luminosidade tal que apaixonam até o coração mais adormecido. Muitas vezes o “olhar diz mais que mil palavras” e aqui isso sente-se ainda com mais intensidade, uma vez que muitas crianças não conseguem exprimir-se com facilidade devido às suas patologias. Mas os sorrisos, as expressões faciais e corporais ensinam-nos a escutar de outra forma e a desvalorizar as palavras. E as gargalhadas do Lewis quando nos dirigimos para ele e percebe que o vamos ajudar a caminhar… então, essas não deixam margem para dúvidas!!! São as gargalhadas mais “saborosas” que eu alguma vez presenciei e apenas uma seria o suficiente para encher a nossa alma de alegria, amor e gratidão, mas ele não é poupado… repete-as
No Centro de Reabilitação dos adultos estivemos menos tempo e por isso mesmo ainda não conhecemos bem as pessoas. A próxima semana será passada lá.
De dia faz um calor terrível e de noite aparecem as trovoadas…bem fortes, por sinal.
Já vamos tratando algumas crianças pelo nome, mas são tantas, que é difícil sabê-los todos.
E sim, é mesmo verdade! Os seus sorrisos são de uma luminosidade tal que apaixonam até o coração mais adormecido. Muitas vezes o “olhar diz mais que mil palavras” e aqui isso sente-se ainda com mais intensidade, uma vez que muitas crianças não conseguem exprimir-se com facilidade devido às suas patologias. Mas os sorrisos, as expressões faciais e corporais ensinam-nos a escutar de outra forma e a desvalorizar as palavras. E as gargalhadas do Lewis quando nos dirigimos para ele e percebe que o vamos ajudar a caminhar… então, essas não deixam margem para dúvidas!!! São as gargalhadas mais “saborosas” que eu alguma vez presenciei e apenas uma seria o suficiente para encher a nossa alma de alegria, amor e gratidão, mas ele não é poupado… repete-as
No Centro de Reabilitação dos adultos estivemos menos tempo e por isso mesmo ainda não conhecemos bem as pessoas. A próxima semana será passada lá.
11-02.2007
Hoje fomos assistir à nossa primeira missa Africana. É de facto espantosa a forma como estas pessoas celebram a eucaristia. Passaram duas horas como se fossem 15 minutos… Os cânticos são lindíssimos e por vezes arrepiam… a Paz e a Alegria correm de mãos dadas por entre as filas de cadeiras de madeira colocadas dentro de um grande pavilhão com o altar como “cenário”.
Hoje fomos assistir à nossa primeira missa Africana. É de facto espantosa a forma como estas pessoas celebram a eucaristia. Passaram duas horas como se fossem 15 minutos… Os cânticos são lindíssimos e por vezes arrepiam… a Paz e a Alegria correm de mãos dadas por entre as filas de cadeiras de madeira colocadas dentro de um grande pavilhão com o altar como “cenário”.

04-02-2007_10h45
Finalmente chegámos. Depois de tanto tempo e expectativa, aqui estamos em Solo Africano.
Primeira sensação nova: o que é que fizeram ao oxigénio???
Inspiro, inspiro, inspiro… e nada.
O calor sufoca e custa a habituar.
Lá chega a Irmã Sabina com um sorriso meio receoso, por nunca nos ter visto e não ter a certeza se seríamos nós. Assim que vejo o logotipo na T-Shirt, sorrio e… sei que estou entregue…
Malas no carro e lá vamos nós para as Mahotas. A condução é feita pela esquerda e a estrada proporciona-nos a primeira aventura… carros em contra mão, para fugir aos buracos abismais, “os chapas” que passam a toda a velocidade e os peões que andam por todo o lado…
Apesar de estarmos preparadas psicologicamente para a realidade que nos esperava, esta nunca pode ser verdadeiramente interiorizada até a olharmos de frente, sem um ecrã de televisão ou computador para nos proteger confortavelmente.
A pobreza é de facto gritante. Na estrada para as Mahotas vêem-se muitas palhotas (divisões únicas onde vive toda a numerosa família) e bastantes casas de blocos de cimento, claro, com esta cor como decoração, pois se não há dinheiro para a alimentação básica, quanto mais para pintar a casa…
Muita gente na rua…muitas crianças… e uma sensação de grande alegria por poder testemunhar a vida desta gente e contribuir com o meu pequeno grão de areia…
Enche-me uma sensação mista de Paz, alegria e felicidade por estar aqui com esta gente, nesta realidade tão dura, mas autêntica e de uma pureza contagiante.
OBRIGADA!
Finalmente chegámos. Depois de tanto tempo e expectativa, aqui estamos em Solo Africano.
Primeira sensação nova: o que é que fizeram ao oxigénio???
Inspiro, inspiro, inspiro… e nada.
O calor sufoca e custa a habituar.
Lá chega a Irmã Sabina com um sorriso meio receoso, por nunca nos ter visto e não ter a certeza se seríamos nós. Assim que vejo o logotipo na T-Shirt, sorrio e… sei que estou entregue…
Malas no carro e lá vamos nós para as Mahotas. A condução é feita pela esquerda e a estrada proporciona-nos a primeira aventura… carros em contra mão, para fugir aos buracos abismais, “os chapas” que passam a toda a velocidade e os peões que andam por todo o lado…
Apesar de estarmos preparadas psicologicamente para a realidade que nos esperava, esta nunca pode ser verdadeiramente interiorizada até a olharmos de frente, sem um ecrã de televisão ou computador para nos proteger confortavelmente.
A pobreza é de facto gritante. Na estrada para as Mahotas vêem-se muitas palhotas (divisões únicas onde vive toda a numerosa família) e bastantes casas de blocos de cimento, claro, com esta cor como decoração, pois se não há dinheiro para a alimentação básica, quanto mais para pintar a casa…
Muita gente na rua…muitas crianças… e uma sensação de grande alegria por poder testemunhar a vida desta gente e contribuir com o meu pequeno grão de areia…
Enche-me uma sensação mista de Paz, alegria e felicidade por estar aqui com esta gente, nesta realidade tão dura, mas autêntica e de uma pureza contagiante.
OBRIGADA!
Após a missa de envio (ainda não tenho fotos. Serão apresentadas oportunamente) seguimos para o aeroporto… o tempo parecia que teimava em não passar… As famílias e alguns amigos lá estiveram para se certificarem que tudo decorria com tranquilidade, e assim foi. Lá embarcámos cheias de esperança no coração.
As amizades
As amizades são o suporte para a vida.
Acompanham-nos nos sorrisos e nas lágrimas e ajudam-nos a olhar sempre para o “reverso da medalha”!
Algumas nascem connosco e acompanham-nos em todas as fases do nosso percurso. Outras surgem espontaneamente ao longo dos anos e perduram… ou não! Mas deixam sempre a sua marca na nossa alma.
Obrigada por contribuírem para o meu crescimento pessoal e por me mostrarem que posso contar convosco para o que for…
Obrigada pela vossa presença!
Porque a amizade, essa não se pede nem se agradece.
DÁ-SE!
Acompanham-nos nos sorrisos e nas lágrimas e ajudam-nos a olhar sempre para o “reverso da medalha”!
Algumas nascem connosco e acompanham-nos em todas as fases do nosso percurso. Outras surgem espontaneamente ao longo dos anos e perduram… ou não! Mas deixam sempre a sua marca na nossa alma.
Obrigada por contribuírem para o meu crescimento pessoal e por me mostrarem que posso contar convosco para o que for…
Obrigada pela vossa presença!
Porque a amizade, essa não se pede nem se agradece.
DÁ-SE!
O grupo do jantar...
12 February 2007
10 February 2007
O jantar de despedida… ou melhor… de “Até breve”
02-03-2007
Na véspera da minha partida, reuniram-se os amigos mais próximos (de Portalegre) para se assegurarem de que eu partiria mesmo e lhes dava uma folga de, pelo menos 1 aninho… :)
Na véspera da minha partida, reuniram-se os amigos mais próximos (de Portalegre) para se assegurarem de que eu partiria mesmo e lhes dava uma folga de, pelo menos 1 aninho… :)
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